DEVOÇÃO AO MENINO JESUS


"O Verbo se fez carne." Jo 1,14


    Jesus recém-nascido, não fala mas é a Palavra eterna do Pai. Já se disse que o presépio é uma cátedra. Nós deveríamos hoje entender as lições que Jesus nos dá já desde menino, desde recém-nascido,desde que seus olhos se abriram para a terra dos homens.
   A fé da Virgem Maria era a mais perfeita do que a de qualquer outra pessoa que tenha existido antes ou depois dela. E todos os seus gestos hão de ser expressão da sua fé e da sua ternura. Beijaria sem dúvida os pés do Menino Jesus porque era o seu Senhor; Beijaria o seu rosto, porque era o seu filho. Ficaria muito tempo contemplando-o quietamente. Depois, passaria o Menino aos braços de José, que sabia muito bem que se tratava do Filho de Deus, de quem deveria cuidar, a quem deveria proteger e ensinar um ofício. Toda a vida de José estaria centrada nesta Criança indefesa.
    Quando nos aproximamos hoje do Menino Deus para beija-lo, quando o contemplamos no presépio meditamos este grande mistério, agradecemos a Deus o seu desejo de descer até nós para se fazer entender e amar.
     Na encarnação, o Filho de Deus se apresentou na condição de uma débil e frágil criança, embora tivesse podido manifestar-se de outra forma, preferiu a debilidade de uma criança, como se necessitasse de proteção e amor. Deus quis que nós, imitando o seu Filho, nos comportássemos como aquilo que somos: filhos de Deus, e que o sejamos na realidade.
     
Oração
Ó Verbo eterno, meu Salvador, que eu não ponha
 nunca obstáculo a tua obra, que a minha alma
 se abra à invasão do teu infinito 
amor misericordioso, 
que tu possas totalmente 
cumprir em mim a tua 
obra de Salvação 
e Santificação. Amém.

Menino Jesus, abençoai-nos.


Verdade 

         Uma virtude importante da gruta de Belém é a verdade, a sinceridade, a transparência. Para viver em comunhão com Deus não basta conhecer a verdade, é preciso vivê-la e realizá-la nos pensamentos, palavras e obras.Em qualquer aspecto de nossa vida, temos que caminhar na verdade. Antes de mais nada, no mais íntimo do nosso coração para considerar aquilo que, na realidade, somos na presença de Deus, sem fingimento, sem máscaras.
      Para haver sinceridade é necessário que as palavras correspondam ao pensamento. Pensar uma coisa e afirmar outra, com a finalidade de enganar, é totalmente oposto à verdade, por isso, é ofensa a Deus, Verdade infinita, e obstáculo à união com Ele. Como poderá a mentira unir-se à Verdade? E, contudo, determinadas faltas de sinceridade não estão completamente ausentes do nosso comportamento: pequenos subterfúgios, expressões propositadas para evitar uma censura, uma humilhação, encobrir um erro cometido ou ainda, para atrair algum louvor ou admiração. Qualquer falta de sinceridade, por menor ou insignificante que seja, desagrada muito ao Senhor numa criatura que Ele se entregou e é sempre impedimento sério ao progresso espiritual. Para viver em comunhão com Deus, deve "andar uma alma na verdade diante da mesma Verdade".
          Outro aspecto importante a ser considerado ao se tratar da verdade é a necessidade de primeiro sermos, ou seja, tudo aquilo que ensinamos, que pregamos ou simplesmente falamos, deve ser objeto de nosso questionamento para saber com sinceridade e diante de Deus se estamos vivendo antes mesmo de falarmos.
      A verdade exige uma coerência da vida. Coerência significa esforço generoso para eliminar possíveis contradições para encurtar todas as distâncias e desvios entre a fé e a vida que possamos descobrir em nós mesmos.
        Em Jesus via-se uma profunda unidade entre o amor que Ele tinha pelo Pai celeste e o amor para com os homens, seus irmãos. Existia uma profunda coerência entre suas palavras e sua vida. Isto fascinava e atraía a todos. É assim que também nós devemos ser. Devemos acolher as palavras de Jesus com a simplicidade das crianças e colocá-las em prática com toda a sua pureza e luminosidade.

Amável Menino Jesus, abençoai-me!





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